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segunda-feira, 18 de julho de 2016

MULTIPLICAÇÃO DAS MÃOS! CAUSOS DE SUPERMERCADO.

  Uma das tarefas mais estranhas que existe é a ida ao supermercado, pois acreditem, ainda enfrentamos perigos para colocar em nossas mesas o pão nosso de cada dia. E numa dessas idas descobri! Descobri o milagre da multiplicação das mãos. Explico:
    
    As mexericas, bendita e deliciosa bolsinha de gomos saborosos, estavam na promoção... Promoção? Hummm, por “R$ 2,95”!!!!!
    
    Caminhei para chegar ao local das frutas e verduras e o que vejo ao longe? Os idosos, eram muitos, fizeram uma barricada com os carrinhos do supermercado em volta da banca cheia e ainda, para chegar às bolsinhas suculentas, eu teria que passar pelo labirinto de outros carrinhos, espalhados pelo corredor.
    
    Foi uma das coisas mais tensas que fiz, pois para passar não poderia encostar e nem empurrar nenhum desses carrinhos, porque acreditem, vem idoso de todo lado gritando que o carrinho é dele. Tenso!
     
    Mas, fui caminhando com passos elegantes de balé, com meu fiel escudeiro (carrinho de compras), deslizando-o para um lado e suavemente para o outro e, chego a barricada. Tento colocar meu corpinho em uma das brechinhas e levo uma braçada, escorrego para o outro e sou literalmente escorraçada por um bumbum masculino e de glúteos flácidos, cujo ato faz-me dar um plié frágil para o outro lado.

   Sem desistir, segurando a minha sacolinha, morrinhenta de abrir, porque para abrir tem que molhar as pontas dos dedos (muitas vezes com saliva) e esfregar de um lado para o outro, até surgir uma abertura.

   Mas voltando, não conseguia chegar perto da bolsinha suculenta. Foi quando vi, com meus olhos de gavião, espertos como eles só, as caixas debaixo da bancada e elas estavam viçosas e arrumadinhas. Fui  calmamente, para não chamar a atenção e puxei a caixa. Mal a puxei e levei minhas mãozinhas delicadas e pronto: Multiplicou!!!

   Foi mão pra lá, mão pra cá e ainda, empurraram a minha mão, pegando as mexericas, guardando em suas sacolinhas morrinhentas e eu segurando a caixa.

  Outro plié delicado e repousei a caixa no chão e vários bumbuns surgiram, pois abaixavam para pegar mais. Cortina de bumbum! Comecei a rir da cena inusitada!


    E lá estava a banca, livre para que eu pudesse me aproximar!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

O ESTOPIM DAS CRÔNICAS

            "O homem é o único animal capaz de deixar atrás de si testemunhos-lembranças(...)" Erwin Panofsky
Para escrever há a necessidade da observação e se encantar com a beleza descritiva do momento (testemunho) ou das lembranças. As histórias surgiram quando comecei a relatar em um grupo do WhatsApp as vivências do dia a dia, enriquecendo-as com pitadas de humor. Não são eruditas ou intelectualizadas, são apenas fatos conectadas a verdades reais da vida. Minha vida.

DIA DE BANCO
  
   Ir ao banco é monótono, chato e sei que será de espera em fila longa. É uma das coisas que não gosto de fazer, mas que somos obrigados. Mas vejam como são as coisas. Estou a caminho, pensando nas calorias que vou perder com a caminhada e vejo um senhor com mochila nas costas, caído na calçada, do outro lado da rua.
  No meu bairro isto é inédito, nunca vi algo assim e fui olhar preocupada. Verificar se estava passando mal.
  Ao me aproximar e abaixar, percebi outras pessoas se aproximando, também preocupados.
  Sacudi, sacudi e sacudi o braço desnudo do senhor caído (estava de regata)  e ele solta o maior grito:
  - Nos'senhora! Que mão gelada, mulé! Tá morta? E ele me olha, com olhos vermelhos e solta: - Vai esquentar essa mão moça, quer me matar?
  Eu retirei as mãos rapidamente e ele disse que estava apenas descansando.
  Percebemos que estava bêbado e ele recusou ajuda. Fomos embora e eu segurei as minhas mãos e surpresa!! Elas estavam terrivelmente geladas e em um dia quente! Tive, então, uma crise de riso!
   Meu pensamento foi: cada uma que me acontece!
Abraços
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