O significado da mídia e o objetivo da propaganda
O dicionário de língua portuguesa
(AMORA, 2009, p. 462) dá o significado de mídia: “sf 1. Conjunto dos meios de
comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão, etc.) para atingir o público;
2. Setor de uma agência de propaganda que se ocupa da veiculação de anúncios.”
A mídia é um
meio que as empresas buscam para ofertar seus produtos e serviços, sendo uma
ferramenta positiva na captação de clientes e consumidores, ela é absolutamente parte integrante do processo
mercadológico (BENETTI, 1986, p.177).
A propaganda ou o
comercial divulga e vende certos produtos, fazendo as pessoas acreditarem
profundamente que precisam ter aquele produto:
O objetivo do comercial é basicamente vender, a mensagem
publicitaria tem interesses diferentes nesse perfil de consumidores. Portanto a
propaganda faz uso de recursos de maior poder de persuasão, por meio de
informações que nem sempre são totalmente corretas, como por exemplo, “tal
chocolate é mais gostoso” (ROSENBERG, 2008, p.116).
A publicidade está presente em nossas vidas
constantemente, e nem sempre nos damos conta disso, como nas ruas, fachadas de
prédios, nos ônibus e nas vitrines, assim como em bancos, escritórios,
hospitais, restaurantes, cinema e outros lugares públicos. Em casa, basta abrir
o jornal, ligar o radio ou a televisão, como também, pelo correio: as ofertas e
propagandas (BRASILIA, 2005).
A mídia interfere nos hábitos alimentares
Os meios de comunicação e em especial
a televisão, influenciam o modo de vida da sociedade, interferindo no modo de
vestir, de pensar e principalmente na maneira de como se alimentar, sendo assim
diz a autora:
A propaganda é uma tática mercadológica, um rico instrumento de
vendas, ela trabalha com vários compostos de valores e manifestações da
capacidade humana. A propaganda tem uma importante função específica: a
persuasão do consumidor. Portanto ela deve funcionar ao nível de psicologia
individual, auxiliando no processo de compra (ALDRIGHI, 1986, p.57).
Ainda a autora, o número
alarmante no aumento de crianças que estão no sobrepeso e em estado de
obesidade está associado ao tempo gasto em frente à televisão, porque a mídia
tem um grande poder de persuasão sobre as crianças.
“A publicidade faz uso de estratégias que agem
sobre o consumidor sem que ele se dê conta” (ROSENBERG, 2008, p.177). Neste
caso, a autora ressalta que televisão é um instrumento muito rico para oferece
propagandas com imagens de alimentos saborosos e pessoas felizes, o que induz a
criança ingerir alimentos ricos em calorias e gorduras. Assim para atingir seus
objetivos as indústrias alimentícias investem nesse meio de comunicação que é
audiovisual, tornando assim o poder de convencimento ainda maior.
A mesma autora descreve
uma propaganda de televisão que fez sucesso, sobre um menino pedindo brócolis
para a mãe, e esta propõe a compra de rabanetes. “A intensão da propaganda foi
dizer que aquele “menino não existe” e por isto fazemos Sustagem, um
achocolatado com todos os minerais e vitaminas necessários para o crescimento”.
A verdadeira intenção, por trás da propaganda, conforme
Rosenberg (2008), era dizer que as mães não deveriam se preocupar com as outras
coisas que seu filho deveria comer, pois o produto teria todos nutrientes
necessários, enquanto outras propagandas já teriam sugerido outros desejos de
consumo, como refrigerantes, biscoitos e salgadinhos, levando as crianças a
modificarem seus hábitos alimentares e a engordar, porque as crianças não
percebem a “intenção” nos anúncios veiculados na televisão.
Rosenberg (2008) afirma
que a intenção dos comercias é cria necessidades e nos
influenciam ao ligar um produto a um determinado sentimento ou a alguma
percepção de mundo. Em acordo Aldrighi (1986, p. 59) descreve “[...] a propaganda atua
sobre o consumidor, transmitindo e ensinando formas de pensar, sentir e agir
favoráveis a um produto”.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKZW2mwICfaomD6OBSz3q7AZpz1AvUKykP1kdUbU4PvWoSzUUOBSshIYqWrwCRX40frYrbVdG-x6_4TykBlWwmA57J309wvnIoEcyk5aZsvUwT7SSkjSMtGW4A8pQ55Of43Rh2_eiZM8Wj/s1600/OBES4.jpg)
A Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica, segundo Rosemberg (2008), para identificar o
peso real dos brasileiros, solicitou uma pesquisa, descobrindo “que 50% dos
adultos estavam com 5 quilos acima do peso ideal” e também, a maioria das
pessoas com sobrepeso e obesos, prefere alimentar-se assistindo televisão.
A televisão tornou-se
adversa a nutrição, aumentando a taxa de obesidade entre as crianças,
consistindo no único objetivo de que comprem consumam cada vez mais, pois elas
são bombardeadas com propagandas coloridas e divertidas incentivando o desejo
de consumir guloseimas, tais como doces, chocolates, biscoitos, etc., “que criança
consegue resistir aos alimentos divertidos, de aparência deliciosa, cheios de
açúcar que dançam na tela da televisão?” (SIZER;
WHITNEY, 2003, p. 478).
Rosenberg (2008) afirma que os programas tem
importância por gerar, diariamente, assuntos a serem discutidos e na
atualidade, “não ver televisão é considerado tão estranho quanto não ir à
escola”.
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