A mídia é um recurso que auxilia o professor
A mídia é um recurso que
contribui na educação, destaca Aldrighi (1986), comparando-a a poderosas
instituições educativas como a família, a igreja e a escola. Contudo, ainda a mesma autora, se a escola ao invés de
promover o diálogo e apenas reproduz o discurso da mídia, transforma em grave
problema, se reforçar o saber em informação compacta, o que dificultará à
reflexão crítica e à criação de conhecimentos singulares.
Segundo Cordeiro (2008) as
crianças vivem em um ritmo aonde as informações chegam cada vez rápido e elas
estão em contato constante com as mídias, cabe ao professor acompanhar esse
ritmo para favorecer sua aula e usar a mídia como ferramenta para conscientizar
seu aluno.
Alertar sobre
os objetivos por trás das propagandas é um dos fatores fundamentais para levar
a criança a reflexão e compreensão do que realmente necessita consumir ou não,
assim como perceber a influência negativa da televisão sobre a sua saúde
nutricional (SIZER;
WHITNEY, 2003, p. 478).
O projeto “A escola promovendo Hábitos Alimentares
Saudáveis”, de Schmitz et al. (2008) citam Vygotsky: “Na concepção construtivista, não é o professor que ensina, mas sim
o aluno que aprende”, declarando o educador não como transmissor de
conhecimentos e sim como facilitador de aprendizagens. Uma análise geral de programas de saúde nas escolas brasileiras demonstra
ações isoladas e efeitos isolados, o leva a necessidade de implementação de
políticas nacional de educação nutricional dos alunos. A educação nutricional
proporia a construção coletiva do conhecimento, mediante planejamento didático
participativo com integração entre a equipe de saúde, a escola, a criança e a
família (DAVANÇO et al, 2004).
Ainda Davanço et al
(2004), acrescentam que a escola deve incluir ao currículo formal, em todas as
séries, estudos sobre nutrição e hábitos a vida saudável, aprendendo a conhecer
e reconhecer alimentos que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças evitáveis,
onde a autonomia da criança em escolher seus alimentos seja consciente. Assim,
a escola poderá ser um ambiente influenciador na formação de hábitos saudáveis.
O mesmo autor continua dizendo que “pensar certo é fazer certo”.
Esse pensar certo, descrito pelo autor, envolve diversas áreas do conhecimento
e o educando passara a rever seus conceitos buscando mudanças e melhoria de
comportamento.
Uma educação que
possibilite ao homem a discussão corajosa de sua problemática. De sua inserção
nesta problemática. Que o advertisse do perigo de seu tempo, para que
conscientes deles. Ganhasse a força e a coragem de lutar em vez de ser levado e
arrastado á perdição de seu próprio “eu”, submetidos ás prescrições alheias.
Educação que o colocasse em dialogo constante com o outro. Que o predispusesse
em constantes revisões (FREIRE, 2011, p.118 - 119).
Portanto a escola deve
trabalhar o tema alimentação saudável na sala de aula, pois ela tem um papel
importante na reeducação alimentar e reestruturação do estilo de vida
(OLIVEIRA; CAVALCANTI; ASSIS). Os quais continuam descrevendo, que o objetivo
do PNAE (Programa nacional de Alimentação Escolar), é atender as necessidades
nutricionais dos estudantes.
Estudos mostram, descrito por Assao e Mancuso (2008), que
a base da aprendizagem das crianças na escola depende do professor; no ambiente
escolar é ele que influencia as crianças na hora das refeições e com isso é sua
responsabilidade trabalhar o tema alimentação escolar, estabelecendo situações
significativas na aprendizagem (ASSAO; MANCUSO). Os mesmos autores confirmam
que, além de verificar as composições das refeições, a quantidade de comida
servida para as crianças, o local e a hora da merenda, é preciso conhecer as
influências de outras pessoas como pais/avós ou até mesmo educadores na
alimentação das crianças.
A educação nutricional proporia a construção
coletiva do conhecimento, mediante planejamento didático participativo com
integração entre a equipe de saúde, a escola, a criança e a família (DAVANÇO et al, 2004).Com isso
todo devem estar inteiramente envolvidos nesse processo pois as crianças estão
envolvidas em todos os setores sociais. De acordo com Cordeiro (2010, p. 98).
Um aspecto muito relevante da relação pedagógica diz
respeito ao fato de que ela se estabelece em grande medida por meio do
discurso, do dialogo ou da linguagem, nas diversas praticas que se
envolvem em sala de aula. A dimensão linguística não recobre todos os aspectos
da relação pedagógica, mas certamente a compreensão das maneiras como se
desenvolve os discursos na sala de aula ajuda a melhor situar grande parte das
interações que ali ocorrem, seja entre professor aluno, seja entre os próprios
alunos.
Sendo assim o que for trabalhado em sala de aula, deve
ser discutido entre os alunos e o professor, desenvolvendo a compreensão e
aprendizado de todos. Freire (1996), diz que o professor tem o dever de
ministrar aulas e realizar sua pratica docente.
Portanto a escola é considerada o melhor ambiente
para promover uma discussão sobre a saúde incluindo as ações de educação
nutricional, envolvendo os membros da escola como: alunos, professores,
familiares, funcionários da escola, merendeiros e profissionais da saúde (OLIVEIRA; CAVALCANTI;
ASSIS, 2012).
Os mesmos autores continuam descrevendo, que
uma educação nutricional para a promoção da saúde, deve ser planejada mediante
o planejamento didático escolar. Com isso a formação do professor deve dar a
ele subsidio para transformar sua pratica docente com novas concepções
relacionadas aos conteúdos abordados na sala de aula.
Oliveira, Cavalcanti e Assis (2012) descrevem
a citação de Schnetzler, em que “o professor não pode garantir a
aprendizagem por si só, mas deve criar situações que facilite essa aprendizagem
tornando-a significativa”.
Há uma necessidade de uma “educação corajosa”, educação
que leve o homem a uma nova postura diante dos problemas, em seu tempo e espaço
(FREIRE, 2011). Sendo assim o educador deve conscientizar os alunos levando-os
a refletirem sobre sua alimentação, visando melhorias para sua saúde.
A
falta de conhecimento sobre alimentação e nutrição, sobre o seu papel para o
desenvolvimento físico, mental a para a qualidade de vida tem justificado a
pouca importância sobre o que se deve fazer para que todos possam ser bem
alimentados - um direito humano básico e fundamental (OLIVEIRA, 2007, p. 127).
Essa falta de conhecimento sobre a alimentação que relata
Oliveira (2007) deve ser reparada pelos professores no ambiente escolar e isso
será possível com base em “pesquisa em vez da mera, perigosa e enfadonha
repetição de trechos e de afirmações desconectadas” (FREIRE, 2011).
O autor continua descrevendo que “a educação teria de
ser, acima de tudo, uma tentativa constante de mudança de atitude”, ou melhor,
não se espera mudanças de atitude sem antes mostrar como agir de forma correta.
Dispor de conhecimento sobre a necessidade dos alimentos
e a sua produção para autoconsumo é tão fundamental quanto dispor de valores
para compra-lo (OLIVEIRA, 2007). O mesmo autor continua dizendo que “uma
alimentação balanceada envolve vários aspectos, desde hábitos alimentares,
culturais, gostos e relações sociais”.
Tais conhecimentos são adquiridos no ambiente escolar e o
professor é o principal agente na transmissão desses conhecimentos. “Quanto
mais critico um grupo humano, tanto mais democrático, e permeável, em regra.
Quanto menos criticidade em nós, tanto mais ingenuamente tratamos os problemas”
(FREIRE, 2011, p. 33).
Segundo Freire (1997) “devemos assumir com honradez nossa
tarefa docente, para que a nossa formação tem que ser levada em conta
rigorosamente”. O mesmo autor descreve que “a educação é um ato de amor, e por
isso um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não
pode fugir a discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”.
O educador que é uma peça
de suma importância para o sucesso dessa tarefa, deve aplicar projetos que
despertem o interesse pelos hábitos saudáveis. “Acredita-se
que docentes que assumem como atribuição estimular hábitos saudáveis entre os
alunos estejam mais aptos a realizar ações de promoção de saúde” (DAVANÇO et
al., 2012).
Freire (1996) afirma: “É
digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar,
estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e o gosto da alegria sem a
qual a prática educativa perde o sentido”.
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