“O meio ambiente é o endereço do
futuro para o qual haverá a maior convergência de demandas entre todas (ZULAUF,
2000)”. O autor descreve que para defender
o meio ambiente é necessário ter consciência coletiva e que isto resultará em
qualidade ambiental e herança para as gerações que virão. Porém, para que isto
seja efetivo é necessário uma educação que conscientize e converta a noção de
consumo da população, ou seja, a educação ambiental.
A civilização deu um “bum” sobre os
recursos naturais, destruindo, significativamente, o ambiente, afirmam Mendonça
et all. (2004, p. 11) e continuam, “[...] se os padrões de atividade humana no
planeta permanecerem inalterados, a ciência e a tecnologia podem não ser
capazes de impedir a degradação irreversível do meio ambiente [...]”
As embalagens é um dos recursos mais
importantes da humanidade e também o que mais causa impacto ao meio ambiente,
por causa do descarte indevido.
3.1 Como a humanidade criou as embalagens
Para entender melhor, vamos analisar
a história das embalagens. Embalagem, conforme Negrão e
Camargo, é derivado de embalar, ou seja, protege e carrega como se faz a um
bebê, o que demonstra a real função da embalagem, “proteger e transportar”.
Há mais de dez mil anos, as pessoas
com a necessidade de estocar seus alimentos, criaram recipientes feitas por
cascas de coco ou conchas do mar, porém com o passar do tempo foram ficando mais
elaboradas, conforme Mendonça et all (2004, p. 217), como “tigelas de madeira,
cestas de fibras naturais, bolsas de peles de animais e potes de barro”.
Mas, continuam os autores, o vidro
foi a matéria prima mais usada. No começo do primeiro século d.C., artesão
sírios descobriram uma forma de produzi-lo em diversas formas e tamanhos, mas
não permaneceu como o mais importante por muito tempo.
No começo do século 19, a Marinha
inglesa passou a usar latas de aço e as lojas inglesas começaram a vender
alimentos enlatados, para só então na Segunda Guerra Mundial, as latas de
estanho serem utilizadas, causando o aumento de preço na folha-de-flandres
(nome dado ao estanho), “obrigando os produtores de latas a buscar outra
matéria-prima, o alumínio” (MENDONÇA et all. 2004, p. 218).
Os mesmos autores descrevem que com
o avanço tecnológico e os custos menores, surgiram outros materiais que
conseguiam não só estocar os alimentos como também transporta-los de um lugar
ao outro, surgindo o papel, o papelão e o plástico. Este último, ainda os
autores, eram mais leves, baratos e fáceis de produzir. Sobre esta descrição,
outros autores relatam que as embalagens plásticas “[...]
vêm aumentando de produção e comercialização no decorrer dos últimos anos”. Este
aumento é devido ao “baixo custo das embalagens, sua praticidade e
disponibilidade de diferentes resinas no mercado” (MOTTA, 2004), proporcionando
o envase mais rápido, facilitando transporte os alimentos.
Após
a Segunda Guerra Mundial, descreve Mendonça et all. (2004), os setores de
comércio percebendo as novas demandas e acondicionamentos de novas mercadorias,
a instalação de novas fábricas foi necessária e com isso o crescimento de
embalagens plásticas.
As
indústrias brasileiras produzem vários tipos de embalagens específicas a
determinados produtos, sendo “incorporadas também novas matérias primas, como o
alumínio para latas e o PET para frascos” (MENDONÇA et all, 2004, p. 219).
Os
mesmos autores descrevem que assim como se produzem as embalagens, o descarte
dos mesmos aumentava ainda mais o lixo e demorou-se a perceber que esses
materiais não se decompunham naturalmente. Sendo assim, é de nossa responsabilidade
evitar que isto prejudique ainda mais o meio ambiente, pois “cada gesto nosso
tem repercussões sobre todo o planeta. Cada gesto nosso precisa ser consciente”
(MENDONÇA et all., 2004, p.12).
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