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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A utopia da educação no Brasil

   Olá a todas! Grandes momentos que passaram, também as surpresas e os momentos difíceis deste semestre. Ainda não sei minhas notas, porque tenho que esperar, pacientemente, por uma semana. Domingo é o dia derradeiro. Passo aqui para contar. 
    Por hoje, deixo uma das reflexões sobre a educação solicitada pelos professores.

“Educação no Brasil: Um breve olhar sobre o nosso lugar”
                                                                                                Chico Alencar


  “Igualdade, Liberdade, Fraternidade”, três palavras que deu-nos o direito a escola gratuita e com qualidade, cuja intenção é civilizar e modernizar o Brasil.

   Utopia! O Brasil enfrenta, hoje, a evasão escolar e o contínuo índice de analfabetismo. Não por falta de recursos financeiros, mas pelo simples interesse político em manter a população apática e manipulável.

   Como escreveu Rubem Alves, no livro Entre a Ciência e a Sapiência, ao dono da emissora Rede Globo: “... o senhor é um bruxo: o senhor sabe como fazer os homens sonhar. O senhor é dono de uma fantástica máquina de fazer sonhar. O senhor tem mais poder para mexer com as pessoas que tudo o que, no Brasil, se faz sob o nome escola.” Esta citação vem ao encontro de que a televisão proporciona toda a cultura que o povo precisa. Ao menos deveria.

   Deixou-se a leitura, jogada ao canto ou nem existente, perdeu-se o incentivo na descoberta de mundos mágicos da linguagem enriquecedora da literatura ou do científico, que estimula a reflexão e o encorajamento para a pesquisa. “Quem não lê, mal fala, mal ouve e mal vê”, não há compreensão sobre o que há por trás das notícias incompletas e os desmandos políticos, pois não há como formular a crítica.

   Elitiza-se o teatro, livros, jornais e museus, encarecendo e dificultando o acesso, permitido apenas a poucos a deliciosa alegria do bem cultural.

   O desvirtuamento da educação, hoje, é explicado pelos livros de grandes historiadores e nas tentativas infrutíferas de educadores que almejavam a educação da igualdade.

   Desde Pombal, à abolição dos escravos, cuja alforria negou-lhes os direitos trabalhistas saindo, literalmente, com a mão na frente e outra atrás, até a Nova República, onde a intenção política em manter o povo inconsciente intelectualmente, consolida-se na mente da população e nas escolas.

   A escola criou uma visão romântica da história brasileira e esta fantasia não conscientiza, mas reflete e paira sobre a cabeça e mente das crianças, empobrecidas por uma educação insonsa. Cria o individualismo, que consequentemente alimenta a competição no mercado de trabalho, em que os mais favorecidos continuam a dominar os menos favorecidos.

   No texto está escrito: “O Brasil produz também a miséria das capacidades (grifo meu) e o analfabetismo político”, o que me fez pensar que a modernidade tecnológica levou-nos a um salto para a praticidade, mas criou abismos para a leitura, reflexão e compreensão. Não só pelo que se lê, mas para o despertar da informação, tornando-nos questionadores, livres das mentiras do governo e da exploração dos mais favorecidos.
 
   O professor e educador, cuja mão conduz o destino, conscientizam e promove a igualdade, o respeito, a solidariedade, a diversidade e a participação, valorizando o ensino-aprendizado, oferecendo aos alunos valores morais somando com os valores do senso comum, para cumprir seus deveres, exigir seus direitos, tornando-se cidadão.

   Que isto seja ensinado em todas as escolas.

   Que isto seja ensinado por mim!

                                                                                 Um forte abraço!

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