Olá a todas! Grandes momentos que passaram, também as surpresas e os momentos difíceis deste semestre. Ainda não sei minhas notas, porque tenho que esperar, pacientemente, por uma semana. Domingo é o dia derradeiro. Passo aqui para contar.
Por hoje, deixo uma das reflexões sobre a educação solicitada pelos professores.
“Educação
no Brasil: Um breve olhar sobre o nosso lugar”
Chico
Alencar
“Igualdade,
Liberdade, Fraternidade”, três palavras que deu-nos o direito a escola gratuita
e com qualidade, cuja intenção é civilizar e modernizar o Brasil.
Utopia! O Brasil enfrenta, hoje, a evasão
escolar e o contínuo índice de analfabetismo. Não por falta de recursos
financeiros, mas pelo simples interesse político em manter a população apática
e manipulável.
Como escreveu Rubem Alves, no livro Entre a
Ciência e a Sapiência, ao dono da emissora Rede Globo: “... o senhor é um bruxo:
o senhor sabe como fazer os homens sonhar. O senhor é dono de uma fantástica
máquina de fazer sonhar. O senhor tem mais poder para mexer com as pessoas que
tudo o que, no Brasil, se faz sob o nome escola.”
Esta citação vem ao encontro de que a televisão proporciona toda a cultura que
o povo precisa. Ao menos deveria.
Deixou-se a leitura, jogada ao canto ou nem
existente, perdeu-se o incentivo na descoberta de mundos mágicos da linguagem
enriquecedora da literatura ou do científico, que estimula a reflexão e o
encorajamento para a pesquisa. “Quem não lê, mal fala, mal ouve e mal vê”, não
há compreensão sobre o que há por trás das notícias incompletas e os desmandos
políticos, pois não há como formular a crítica.
Elitiza-se o teatro, livros, jornais e
museus, encarecendo e dificultando o acesso, permitido apenas a poucos a
deliciosa alegria do bem cultural.
O desvirtuamento da educação, hoje, é explicado
pelos livros de grandes historiadores e nas tentativas infrutíferas de
educadores que almejavam a educação da igualdade.
Desde Pombal, à abolição dos escravos, cuja
alforria negou-lhes os direitos trabalhistas saindo, literalmente, com a mão na
frente e outra atrás, até a Nova República, onde a intenção política em manter
o povo inconsciente intelectualmente, consolida-se na mente da população e nas
escolas.
A escola criou uma visão romântica da
história brasileira e esta fantasia não conscientiza, mas reflete e paira sobre
a cabeça e mente das crianças, empobrecidas por uma educação insonsa. Cria o
individualismo, que consequentemente alimenta a competição no mercado de
trabalho, em que os mais favorecidos continuam a dominar os menos favorecidos.
No texto está escrito: “O Brasil produz
também a miséria das capacidades (grifo
meu) e o analfabetismo político”, o que me fez pensar que a modernidade
tecnológica levou-nos a um salto para a praticidade, mas criou abismos para a
leitura, reflexão e compreensão. Não só pelo que se lê, mas para o despertar da
informação, tornando-nos questionadores, livres das mentiras do governo e da
exploração dos mais favorecidos.
O professor e educador, cuja mão conduz o destino,
conscientizam e promove a igualdade, o respeito, a solidariedade, a diversidade
e a participação, valorizando o ensino-aprendizado, oferecendo aos alunos
valores morais somando com os valores do senso comum, para cumprir seus
deveres, exigir seus direitos, tornando-se cidadão.
Que isto seja ensinado em todas as escolas.
Que isto seja ensinado por mim!
Um forte abraço!
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