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sexta-feira, 20 de maio de 2016

O ESTOPIM DAS CRÔNICAS

            "O homem é o único animal capaz de deixar atrás de si testemunhos-lembranças(...)" Erwin Panofsky
Para escrever há a necessidade da observação e se encantar com a beleza descritiva do momento (testemunho) ou das lembranças. As histórias surgiram quando comecei a relatar em um grupo do WhatsApp as vivências do dia a dia, enriquecendo-as com pitadas de humor. Não são eruditas ou intelectualizadas, são apenas fatos conectadas a verdades reais da vida. Minha vida.

DIA DE BANCO
  
   Ir ao banco é monótono, chato e sei que será de espera em fila longa. É uma das coisas que não gosto de fazer, mas que somos obrigados. Mas vejam como são as coisas. Estou a caminho, pensando nas calorias que vou perder com a caminhada e vejo um senhor com mochila nas costas, caído na calçada, do outro lado da rua.
  No meu bairro isto é inédito, nunca vi algo assim e fui olhar preocupada. Verificar se estava passando mal.
  Ao me aproximar e abaixar, percebi outras pessoas se aproximando, também preocupados.
  Sacudi, sacudi e sacudi o braço desnudo do senhor caído (estava de regata)  e ele solta o maior grito:
  - Nos'senhora! Que mão gelada, mulé! Tá morta? E ele me olha, com olhos vermelhos e solta: - Vai esquentar essa mão moça, quer me matar?
  Eu retirei as mãos rapidamente e ele disse que estava apenas descansando.
  Percebemos que estava bêbado e ele recusou ajuda. Fomos embora e eu segurei as minhas mãos e surpresa!! Elas estavam terrivelmente geladas e em um dia quente! Tive, então, uma crise de riso!
   Meu pensamento foi: cada uma que me acontece!
Abraços

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