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segunda-feira, 16 de março de 2015

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA ALIMENTAÇÃO DAS CRIANÇAS



O significado da mídia e o objetivo da propaganda

 
O dicionário de língua portuguesa (AMORA, 2009, p. 462) dá o significado de mídia: “sf 1. Conjunto dos meios de comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão, etc.) para atingir o público; 2. Setor de uma agência de propaganda que se ocupa da veiculação de anúncios.”
 
A mídia é um meio que as empresas buscam para ofertar seus produtos e serviços, sendo uma ferramenta positiva na captação de clientes e consumidores, ela é absolutamente parte integrante do processo mercadológico (BENETTI, 1986, p.177).

 A propaganda ou o comercial divulga e vende certos produtos, fazendo as pessoas acreditarem profundamente que precisam ter aquele produto:
 O objetivo do comercial é basicamente vender, a mensagem publicitaria tem interesses diferentes nesse perfil de consumidores. Portanto a propaganda faz uso de recursos de maior poder de persuasão, por meio de informações que nem sempre são totalmente corretas, como por exemplo, “tal chocolate é mais gostoso” (ROSENBERG, 2008, p.116).


 A publicidade está presente em nossas vidas constantemente, e nem sempre nos damos conta disso, como nas ruas, fachadas de prédios, nos ônibus e nas vitrines, assim como em bancos, escritórios, hospitais, restaurantes, cinema e outros lugares públicos. Em casa, basta abrir o jornal, ligar o radio ou a televisão, como também, pelo correio: as ofertas e propagandas (BRASILIA, 2005).


A mídia interfere nos hábitos alimentares


         Os meios de comunicação e em especial a televisão, influenciam o modo de vida da sociedade, interferindo no modo de vestir, de pensar e principalmente na maneira de como se alimentar, sendo assim diz a autora:
 A propaganda é uma tática mercadológica, um rico instrumento de vendas, ela trabalha com vários compostos de valores e manifestações da capacidade humana. A propaganda tem uma importante função específica: a persuasão do consumidor. Portanto ela deve funcionar ao nível de psicologia individual, auxiliando no processo de compra (ALDRIGHI, 1986, p.57).


Ainda a autora, o número alarmante no aumento de crianças que estão no sobrepeso e em estado de obesidade está associado ao tempo gasto em frente à televisão, porque a mídia tem um grande poder de persuasão sobre as crianças.
 
 “A publicidade faz uso de estratégias que agem sobre o consumidor sem que ele se dê conta” (ROSENBERG, 2008, p.177). Neste caso, a autora ressalta que televisão é um instrumento muito rico para oferece propagandas com imagens de alimentos saborosos e pessoas felizes, o que induz a criança ingerir alimentos ricos em calorias e gorduras. Assim para atingir seus objetivos as indústrias alimentícias investem nesse meio de comunicação que é audiovisual, tornando assim o poder de convencimento ainda maior.

A mesma autora descreve uma propaganda de televisão que fez sucesso, sobre um menino pedindo brócolis para a mãe, e esta propõe a compra de rabanetes. “A intensão da propaganda foi dizer que aquele “menino não existe” e por isto fazemos Sustagem, um achocolatado com todos os minerais e vitaminas necessários para o crescimento”.
 
            A verdadeira intenção, por trás da propaganda, conforme Rosenberg (2008), era dizer que as mães não deveriam se preocupar com as outras coisas que seu filho deveria comer, pois o produto teria todos nutrientes necessários, enquanto outras propagandas já teriam sugerido outros desejos de consumo, como refrigerantes, biscoitos e salgadinhos, levando as crianças a modificarem seus hábitos alimentares e a engordar, porque as crianças não percebem a “intenção” nos anúncios veiculados na televisão.
 
Rosenberg (2008) afirma que a intenção dos comercias é cria necessidades e nos influenciam ao ligar um produto a um determinado sentimento ou a alguma percepção de mundo. Em acordo Aldrighi (1986, p. 59) descreve “[...] a propaganda atua sobre o consumidor, transmitindo e ensinando formas de pensar, sentir e agir favoráveis a um produto”. 
Figura: Criança e televisão. Disponível em: www.nutrifam.com.br
 


A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, segundo Rosemberg (2008), para identificar o peso real dos brasileiros, solicitou uma pesquisa, descobrindo “que 50% dos adultos estavam com 5 quilos acima do peso ideal” e também, a maioria das pessoas com sobrepeso e obesos, prefere alimentar-se assistindo televisão.

 A televisão tornou-se adversa a nutrição, aumentando a taxa de obesidade entre as crianças, consistindo no único objetivo de que comprem consumam cada vez mais, pois elas são bombardeadas com propagandas coloridas e divertidas incentivando o desejo de consumir guloseimas, tais como doces, chocolates, biscoitos, etc., “que criança consegue resistir aos alimentos divertidos, de aparência deliciosa, cheios de açúcar que dançam na tela da televisão?” (SIZER; WHITNEY, 2003, p. 478).
 
Rosenberg (2008) afirma que os programas tem importância por gerar, diariamente, assuntos a serem discutidos e na atualidade, “não ver televisão é considerado tão estranho quanto não ir à escola”.

 

 






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